Alzheimer e atividade física
Boa tarde pessoal, já
comentei por aqui sobre os benefícios de praticarmos atividade física, e hoje,
o post é justamente sobre isso, mas com o foco em uma triste doença, o
Alzheimer. Infelizmente, essa enfermidade acomete mais de 44 milhões de pessoas
no mundo todo, e no Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas sofrem desse mal, de
acordo com os dados de Alzheimer's Association do Brasil.
Tenho uma tia que sofre dessa doença, é muito triste vê-la
assim. As memórias se vão, a pessoa parece que vai "desligando" com o
tempo, como se uma luz fosse gradativamente se apagando.
Eu comecei a ler a respeito, vi em um artigo sobre os
benefícios da prática esportiva na prevenção do Alzheimer e resolvi
compartilhar algumas informações com vocês.
Mas antes, seguem alguns dados sobre o Alzheimer. Essa
doença é muito comum, também conhecida como demência, nela basicamente
o cérebro não consegue funcionar como antes, causando problemas na
memória, pensamento e comportamento.
Alguns pacientes apresentam sintomas graves já no início do
quadro, enquanto outros levam anos para manifestar. Apesar de alguns
estudos dizerem que o quadro de demência até se tornar grave é de 10 a 12
anos, alguns autores defendem que em 67% dos casos depois de 50 meses de
evolução a pessoa já está seriamente acometida, e, em 80%, depois de 80 meses.
Fatores genéticos, início dos sintomas antes dos 65 anos de
idade, sedentarismo e baixa
escolaridade são agravantes para o surgimento e evolução do Alzheimer. Nota-se atrofia difusa, os neurônios vão morrendo e há perda das
sinapses (conexões) existentes entre eles. Na análise de microscopia,
verifica-se a deposição de placas no espaço entre os neurônios formadas pela proteína beta-amiloide.
Neurocientistas da Universidade de Chicago publicaram
recentemente, na revista “Cell”, um estudo sobre a atividade física e o
Alzheimer. Ratos sedentários que foram alvo da pesquisa tinham mais atrofia
neuronal e placas entre essas células do que os animais que foram submetidos a
pratica de atividade física e que tinham brinquedos para se distraírem.
Os autores identificaram, também, alterações bioquímicas
cerebrais que podem explicar essa diminuição das placas nos ratos que
fizeram exercícios: foi observada atividade aumentada de uma enzima
chamada neprilisina no cérebro dos ratos mais ativos, que consegue degradar as
placas amiloides. Essa enzima também potencializa a expressão de genes
envolvidos no aumento da sobrevivência de neurônios, na facilitação do
aprendizado e na ativação dos mecanismos de formação e armazenamento de
memórias.
Figura 1.
Não há tratamento para essa doença, medicamentos podem
ajudar a diminuir temporariamente os sintomas da demência, aumento os neurotransmissores
que atuam no cérebro.
Portanto, fica o alerta, a atividade física ajuda também na
saúde do cérebro, pode combater enfermidades tristes como o Alzheimer, pense
nisso, e, bora se exercitar?
Fontes:
https://www.alz.org/br/demencia-alzheimer-brasil.asp
Alzheimer: Reconhecendo seus sintomas. Blog I Neuro - Neurologia Inteligente. Figura 1. http://www.ineuro.com.br/wp-content/uploads/DA-altera%C3%A7%C3%B5es1.png
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